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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Pseudopoesia XLV : Carta ao amor futuro nº 37

Carta ao amor futuro nº 37 - Algo que sei

Por que
deixar para dizer depois,
pessoalmente,
a ti
tudo

    [Interlúdio]
    Bem, talvez não tudo.
    Não sei
    se tudo que sei
    é tudo que pode ser sabido
    sobre nós dois.
    Possível é
    que eu tenha um conhecimento considerável
    a respeito.
    Quem saberá?
    [.]

o que já gostaria de te fazer
saber?

És minha amiga,
sabias?
Como poderia te ocultar
o que já sei
do que aí já somos?

Não pergunte,
porém,
como sei.
Plausível é
que só possa ser assim.


[pseudo... poesia, poema, carta ao amor do futuro / ao amor que vai chegar / ao amor da minha vida, carta de amor]



Pseudopoesia XLIV : Carta ao amor futuro nº 36

Carta ao amor futuro nº 36 - Sobre quando de ti lembro

De: aquele que não para de pensar
Para: aquela a quem não consigo esquecer

Não consigo me lembrar
que, vez por outra,
preciso esquecer de te ter
em mente –
quando meu coração
diz que necessito te pensonhar.

[Pseudointerlúdio]
Constantemente sei que
apenas tenho a presença de tua pré-ausência
e um contínuo bem-querer-te.
E no momento que lembro que ainda não te tenho
aqui,
ponho-me a te querer quase todo o tempo.
[.]

A cada vez
não sei se te sonho,
não sei se te penso
quando nos pensonho:
toda vez que
por ti
estou enamorado.
Sei que
nessas horas
é em ti que penso enquanto sonho,
é contigo que sonho enquanto penso.

És o que sempre quero
toda vez que te quero.

Não consigo lembrar
a última vez que consegui te esquecer.


[pseudo... poesia, poema, carta ao amor do futuro / ao amor que vai chegar / ao amor da minha vida, carta de amor, pensonhamento]



Pseudopoesia XLIII : Carta ao amor futuro nº 35

Carta ao amor futuro n° 35 - Sobre mim ainda agora
reveladora

Com amor,
De: teu amor
Para: meu amor antes de me amar

Eu aqui já seu,
carente do amor
que você ainda não me deu.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XLII : Carta ao amor futuro nº 34

Carta ao amor futuro n° 34 - O que é preciso?
um primeiro questionamento a respeito

De: mim, no amanhontem
Para: ti, onde quer que possas estar

I
O que devo eu fazer
        para tu gostares mais de mim?
        para que me ames mais?
        Descobrir-me
        [aqui]
        já teu?
        Aqui já revelar
        teu nome?
        Como poderia eu?
        Ter coragem
        para ir até ti?
        Como, se não sei
        se és
        quem eu penso que poderias ser?

        Eu não sei
        se gostas de mim já aqui,
        nestas bandas do tempo.

II
Por que
não olho para ti
quando me olhas
[caso, de alguma forma,
já nos conheçamos aqui,
neste distrito do tempo]?
O que impede
que nossos olhos se enamorem?


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XLI : Carta ao amor futuro nº 33

Carta ao amor futuro n° 33 - Sobre desapontamentos
um primeiro algo

De: mim
Para: o já-no-futuro-amor-presente

Se te decepcionei aí,
não me deixes
ou me troques por outro.
Perdoe-me.
Volte aqui
e fale comigo,
e diga,
me alerte,
me mostre,
o caminho por onde não devo eu mais ir,
se possível.

[Nada pior que ser trocado por nada.]

Se falhei contigo
já daqui
hoje,
não me deixe

fugir de ti.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XL : Carta ao amor futuro nº 32

Carta ao amor futuro nº 32 - Pergúvidas

De: mim
Para: quem?

I
Quem –
    que tipo de pessoa,
    em sã consciência –
    gostaria
    de se afogar num mar?
    de ter um cobertor
    que não fosse feito de pano?
    de se tornar prisioneira
    do que deseja seu próprio abraço?

Quem
nos conquistaria um para o outro?

Quem
quer ter versos sem melodia
por cantiga de ninar?

Quem
quer dormir o sono
e o sonho de outrem?
Quem desejaria contigo sonhar
acordado,
por ti ser sonhado?


E se for de carícias?
E se for de beijos?
E se fosse nos meus braços?

Quem?

E se vierem da minha voz?

Por que não tu e eu –
tu comigo
e eu contigo?
Alguém que te escrevesse versos?


II
Quem quer contigo sonhar
acordado
e, dormindo,
acordar
e continuar
sonhando
sem saber
se é sonho
ou verdade
ou se é um pensonhamento
que se está vivendo?
[Poderia ser que tu já soubesses?]
Não passariam de ilusão
os alvos
destas palavras?
É certo, pois, que parecem não passar
o tempo
nem esse desejo
de continuar me iludindo,
sonhando
que tudo que pensonho ainda
será vivido
num tempo tão logo
quanto eu não consigo tatear.

A esperar, estou
necessitando tanto aprender.


III
Quem tem
resposta para todas as perguntas?


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXIX : Carta ao amor futuro nº 31


Carta ao amor futuro nº 31 - Tanto tempo
inacabada

De: hoje
Para: algum lugar

Tanto tempo  
o tempo deixa estar entre mim e ti.
Como uma cunha,
põe-se entre nós dois.
Se ele soubesse o mal que isto nos faz,
(...).

Todo o tempo ainda não vivido
é (...),
tempo de espera —
Ah, Deus, eu não queria esperar tanto —,
(...).

Pare o tempo,
(...).
Os relógios
riem de mim.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXVIII : Carta ao amor futuro nº 30

Carta ao amor futuro nº 30 - “…”

Com suspiros,
De: mim
Para: meu oculto amor

O colo
onde aquele rei recostou sua cabeça
após um dia de batalhas,
onde chorou ele
e encontrou
alento,
conforto,
afago.

Aquele
endereço do espaço-tempo,
lá pelas bandas do futuro,
onde te encontrei
andando a me esperar,
e quando agarrei tua mão para andarmos pela calçada daquela rua,
uma rua ainda a construir,
que ainda não está no mapa.

A posição
no alfabeto
onde está a última letra de teu apelido.

O dia
em que você chegou.

A direção
para onde o ponteiro da hora apontava
quando tive certeza que eras tu.

O móvel
onde te recostavas
quando pintarei
tuas unhas
pela primeira vez.

A loja
que vende o perfume,
teu predileto.

Um lugar sem nome.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXVII : Carta ao amor futuro nº 29

Carta ao amor futuro nº 29 – Já agora queria

De: um homem só 
Para: ela, além-mar

Ah,
minha ainda-não-mas-já-amada, 
como queria já ser teu homem amado 
[porque no futuro
já nos amamos].

Necessário,
porém, 
– talvez – 
é 
que me torne navegante ainda mais experiente.
Mais águas necessitam passar
até que passe o tempo
onde me graduo em cuidar de nossas futuras terras,
pois
quando aportar em tua enseada,
todas as naus da esquadra levarei a pique.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXVI : Carta ao amor futuro nº 28

Carta ao amor futuro nº 28 – Caminhos

De: um caminhante
Para: uma caminhante

Aonde vais?

Aonde vai dar o caminho do teu futuro?
Pr'onde estás indo?
[Posso ir contigo?]
Deixa eu ir contigo?
Pois acho que meu futuro fica perto do teu.
Penso ser ali,
ao teu lado.
É ali onde já vivem e brincam nossos sonhos que hoje cochilam,
filhos do casamento dos meus com os teus.
Deixa que meus sonhos
andem de mãos dadas com teu sonhos
para que nos certifiquemos que chegaremos juntos, na mesma hora;
para que não nos percamos [um do outro] pelo caminho.
Não deixes para passar aqui depois, depois de pensar melhor,
pois no caminho do tempo não se pode voltar.

Vem também comigo, vem.

[Poslúdio]
Queres pensonhar comigo?


[pseudo… poesia, poema, pensonhamento]



Pseudopoesia XXXV : Carta ao amor futuro nº 27

Carta ao amor futuro nº 27 – Me roubar  
inacabada

Com saudades,
De: meu ontem
Para: o amor futuro

O tempo violaria,
se possível fosse tamanha rebeldia,
para te roubar do futuro
e trazer-te para cá
para o amanhontem.
Mas,
logo vejo:
estaria te roubando de mim mesmo;
estaria, ao mesmo tempo,
me fazendo solitário.
Mas e se violássemos nós dois
simultaneamente
o tempo,
– achegando-nos ao seu dono?
Quem sabe
poderíamos fazê-lo passar mais rápido
para que logo chegue o dia
onde nos diremos:
"Cheguei".


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXIV : Enigmóide nº 4

Enigmóide nº 4
sem sentido

Num universo empoeirado,
num canto esquecido
dentro do meu multiverso,
achei uma galáxia feiosa
com um planeta também azul.
Numa caverna,
num continente esquecido,
região dos trópicos,
numa gaveta
dum móvel indescritível,
havia um recado dizendo:
“Fui passear. Vem me achar”.

E nunca soube quem o escreveu.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXIII : Carta ao amor futuro nº 26

Carta ao amor futuro nº 26 – Sobre os eles
inacabada

De: mim
Para: ti

De uma matéria especial
são feitos
– não é a escura.

É de algo que permeia
os pensonhamentos,
e que deles faz parte;
é o que eles próprios são.
É algo méleo e venusto


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXII : Carta ao amor futuro nº 25

Carta ao amor futuro nº 25 – Simples relato

De: um homem só [de seu amor só]  
Para: o seu amor

Sabias
que,  
por vezes, chorei
                por não te ter aqui ao meu lado?
                por sentir saudade dos momentos que ainda não vivemos juntos?


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXXI : Carta ao amor futuro nº 24

Carta ao amor futuro nº 24 – Mensagem para além-mar

De: um navegante
Para: um porto distante

I
(...)

II
(...)

III
Um dia então
resolvi lançar-me ao mar,
tornar-me navegante.
Com minha esquadra
[de uma só nau]
(...)

IV
Tornei-me navegante sozinho.
(...)
Minhas cartas náuticas não indicam
as terras não descobertas.
Não sei onde tu estás.
Não sei o quanto
ainda terei de navegar.
Por vezes,
                \um medo de naufragar me vem.
                \vontade de aportar em qualquer lugar me acomete.

V
(...)

VI
(...)

VII
Mas um dia chego a ti,
minha tão sonhada ilha.
Aportarei em tuas belas praias
e desembarcarei
toda uma nação de sentimentos
e sensações.
Beberei em tuas fontes
e saciarei minha sede
de ti.
Serei dominado por tuas terras
[Bem desejo me perder em tua imensidão
e então descobrir
que terei achado destino
para os carregamentos que comigo trago.
(...)],
colonizarei teus pensamentos,
de lá não mais sairei;
me apossarei de tudo que é meu

por direito...

de poder amar.

[Poslúdio]
Meu amor
é tua posse ultramarina.
Espera um tanto.
Eu chegarei
e o devolverei.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXX : Carta ao amor futuro nº 23

Carta ao amor futuro nº 23 – Amor belo
como que pequena e rimada
inacabada

De: seu amor
Para: meu amor

Amor belo
é
tudo aquilo que eu quero
ter:
o tanto quanto eu puder
sonhar em ser
aquele que ao teu lado

o amor vir
e
manifestar-se
e fluir entre/
                em nós.


[pseudo… poesia, poema]



Pseudopoesia XXIX : Carta ao amor futuro nº 22

Carta ao amor futuro nº 22 – Antevisão

De: seu invisível amor
Para: o meu não visível amor

Quando ninguém está olhando,
em ti penso.
E,
em pensamento,
te olho
o tanto quanto quero,
e não me enfastio

… porque não há rosto
o qual eu mais goste de me deter em olhar
{com os olhos de pensonhamento}
do que o teu,
{ainda oculto}.
Mesmo todos os aliases,
diferentes entre si,
têm faces iguais à tua
porque todos
me parecem belos
e pré-visões do teu.
Bela és tu.

Pela faculdade do pensonhamento,
te antevejo,
te pré-vejo,
e deslumbrado fico.
És e serás real!
E só tu és!


[pseudo… poesia, poema]



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pseudopoesia XXVIII : Carta ao amor futuro nº 21

Carta ao amor futuro nº 21 – “sem título”

De: aquele já considerado seu amor
Para: o meu certo, mas oculto, amor

Oculta por algum véu tu estás.
Além das montanhas e vales do espaço-tempo te encontras.
Tão perto do coração de teu coração já te fazes.
És meu amor desde sempre/
                                          desde que existe o tempo
– o tempo desde quando comecei a te pensonhar.


[pseudo… poesia, poema, pensonhamento]



domingo, 23 de agosto de 2015

Pseudopoesia XXVII : Carta ao amor futuro nº 20

Carta ao amor futuro nº 20 – Sobre prescindir destas cartas

De: seu desejoso amor
Para: meu imprescindível amor

Queimaria todas estas cartas
e as ignoraria
[se pudesse]
para te ter aqui
ao meu lado
desde amanhontem.


[pseudo… poesia, poema]



domingo, 16 de agosto de 2015

Pseudopoesia XXVI : Carta ao amor futuro nº 19

Carta ao amor futuro nº 19 – Sobre te saber em antevisão

De: seu pré-amor
Para: meu invisível amor

Não consigo parar de te ver,
de te olhar,
de te enxergar,
de te espiar,
de te observar.
[Mesmo daqui destas bandas do espaço-tempo.]

Não te alcanço, porém, através das janelas de minha face...


[pseudo… poesia, poema]



domingo, 9 de agosto de 2015

Pseudopoesia XXV : Carta ao amor futuro nº 18

Carta ao amor futuro nº 18 – "sem título"
inacabada

De:
Para:

Se me canso de conversar contigo?
Como poderia?
Se não me cansa conversar comigo,
se não me cansa ouvir a minha voz saindo de tua boca,
se não me cansa sermos um o outro,


[pseudo… poesia, poema]



domingo, 2 de agosto de 2015

Pseudopoesia XXIV : Carta ao amor futuro nº 17

Carta ao amor futuro nº 17 – Consolo

De: ele, teu amigo
Para: ela, minha amiga

Por que chora
o Coração de Meu Coração?

[Alegria ou tristeza?]

Tampouco sei eu!

Mas
me chama,
pois estou aí
[na realidade pensonhada].
Meu ombro e meu abraço são teus.


[pseudo… poesia, poema]